domingo, 20 de setembro de 2015

O que mais me feria foi o que me libertou


Refletindo sobre tudo que passei nos últimos anos, vejo-me obrigada a admitir que os momentos de felicidade foram inúmeros, mas foram as dores que fizeram todo esse tempo vivido ter realmente valido a pena. Precisei delas para aprender a me livrar delas. Precisei delas para descobrir a força escondida dentro de mim e para conhecer melhor as pessoas que me rodeavam. Precisei delas, enfim, para entender o quão efêmeras elas são, quando temos conhecimento disso, e que sem elas, não teríamos o contraste entre sofrimento e prazer, portanto, a felicidade não teria importância; talvez, nem a notássemos.

Refletindo mais um pouco, percebo que a natureza da dor tem algo a ver comigo. Ela também gosta de um desafio e, quando chega, encara-nos de frente. Somente um olhar duro e não menos desafiante consegue detê-la. E somente a persistência nessa "encarada" pode conseguir afastá-la. É claro que não estou falando das dores físicas, que um simples remédio pode curar, mas falo da dor do ego, esse a quem tanto valorizamos e que tanto nos deixa sofrer. Encarar uma dor é colocar o ego de castigo, é educá-lo, é saber dominá-lo e não deixar que ele nos domine. E... as dores estão aí para isso.

Um brinde de reconhecimento às minhas dores que se foram e às que provavelmente aparecerão, para que eu nunca me esqueça de valorizar e sentir plenamente a minha felicidade, que, na verdade, é a minha eterna essência, pois ela é feita de amor e o amor é o que conduz minha alma!


Sueli Benko

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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Roupa suja se lava em casa


Diz o dito popular que roupa suja se lava em casa.

Eu também pensava assim, até assistir a uma aula da grande psicóloga Maura de Albanesi, onde ela falava sobre a importância de mantermos uma boa energia em nosso lar. Preocupação, ansiedade, mau humor, discussões, brigas... Tudo isso contamina as boas energias e as transforma em energias negativas. 

E, como semelhante atrai semelhante, a energia quando negativa, somente atrairá tudo que for negativo, ou seja, desconfortos físicos e psicológicos, atraso de vida, falta de recursos, doenças, más influências, etc.

O ideal, logicamente, é “não brigar”, mas, se não houver outro jeito, vá para qualquer local aberto, longe de outras pessoas e, principalmente de sua casa, pois seu lar, apesar de muitos se esquecerem disso, é um santuário. E todo santuário deve ser respeitado.

Muitas vezes, discutimos até mesmo dentro do nosso quarto, local que abriga nosso sono, nosso descanso e nossa recomposição de energia. Que tipo de energia estaremos recebendo ao nos deitarmos? Pensem nisso.


Roupa suja, nesse caso, é melhor levar para a lavanderia.


Sueli Benko

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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Como conviver com alguém que me irrita


Muitas vezes, uma determinada situação obriga-nos a conviver com alguém que nos irrita e, quando isso acontece, nossa rotina parece tornar-se insuportável. Deparamo-nos com um problema, aparentemente de difícil solução. Porém, se nos lembrarmos de que, cada problema surgido traz consigo um aprendizado necessário, o melhor a fazer é refletir para conseguir decifrar o que temos que aprender com o dito cujo.

No caso da pessoa que nos irrita, sabemos que sempre quando uma surge em nosso convívio, não é nada mais, nada menos, que um espelho que a Vida coloca em nossa frente, para que posamos enxergar aquilo que devemos mudar em nós mesmos, ou seja, algum defeito que temos, pois tudo que nos irrita no outro é algo que também possuímos e, na maioria das vezes, nem percebemos.

O contrário também é válido: tudo que nos desperta uma enorme admiração no outro, trata-se de algo que está nos faltando. Então, já sabemos que será necessário desenvolver em nós mesmos, aquela qualidade ausente. Quando isso acontecer, passaremos a olhar para aquela pessoa com uma admiração normal. 

Analisarmos nossa acentuada irritação e/ou admiração com relação ao outro é uma ótima forma de nos conhecermos melhor.

Mas, voltando à pessoa que nos irrita, precisamos identificar em nossa personalidade, onde é que somos semelhantes a ela. Muitas vezes, não é algo ligado à atitude, mas ao fator ou ao defeito que origina tal atitude ou comportamento. É óbvio que, se efetuarmos essa mudança em nós mesmos, tal pessoa não mais nos causará irritação, ou então, muitas vezes, ela se afastará, pois sua missão conosco estará cumprida.


Então, a melhor coisa a ser feita, quando isso acontecer, é agradecer a oportunidade de crescimento, e não perder tempo, aproveitando tudo isso para mudar e  “crescer”!

(Sueli Benko)

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domingo, 24 de maio de 2015

Meus problemas são apenas meus


Sabe, gente, um dia, alguém me ensinou que o cenário da minha Vida seria exatamente aquilo onde eu colocasse a minha atenção. E, com o passar do tempo, constatei que acontecia exatamente assim! 

Fui deixando, então, de dar demasiada atenção aos meus problemas; não, que os desprezasse, pois é exatamente com eles que aprendo o que preciso aprender, então, reflito sobre eles apenas o tempo necessário para entender a lição que eles querem me transmitir, mas eles são somente meus e o aprendizado contido em cada um deles serve somente para mim.

Nada de sair contando para todo mundo, nem de ficar postando em redes sociais, pois, ao divulgá-los, as pessoas estarão, no mínimo, enviando a seguinte mensagem para o Universo: “a Sueli está com um problema...”. E, como o pensamento tem força criativa, o Universo tratará de exercer o seu papel, que é transformar essa mensagem em realidade, e de uma forma bem mais intensa. Isso, sem contar a possibilidade deles causarem preocupação em alguém, o que pioraria ainda mais a situação, pois essa praga da preocupação só atrai mais problema, ainda! E olha que nem vou falar sobre a pontada de vitimismo que existe em cada exposição pública de um problema. (estou falando de exposição pública, pois sentar com um amigo e se abrir, certas vezes, pode até fazer muito bem).

As coisas ruins, de certa forma, costumam chamar mais a atenção das pessoas, não é mesmo? Um exemplo? - Dificilmente, alguém não se interessa em espichar o pescoço para olhar detalhes de algum acidente que aparece em seu caminho, principalmente, se houver alguma vítima ainda não socorrida, mas, se for alguém cantando ou tocando uma música, ou até mesmo dançando na rua, ninguém vai diminuir a marcha do carro para prestar atenção. Isso é natural. Mas, não deveria ser. Porém, somente será enquanto permitirmos que seja. Eu já me condicionei a não olhar e nem me interessar por esses acontecimentos. Não gosto de ver nem pela televisão. Esses programas sensacionalistas que relatam as desgraças alheias nunca poderão contar com minha audiência. Também, já pedi aos meus filhos que não venham me contar as possíveis tragédias que possam ter observado no seu dia. Isso tem me feito muito bem.

E, para encurtar o assunto, após decorridos alguns anos, posso afirmar com toda certeza, que quem me ensinou essa lição estava, realmente, coberto de razão! São tantas as coisas boas que têm me acontecido, e tão poucos os problemas surgidos, que chego a ficar na dúvida: será que tenho poucos problemas porque não falo neles ou não falo neles porque são tão poucos? ... Ah, sei lá... rs

(Sueli Benko)

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sábado, 23 de maio de 2015

O que é o Amor?


Desejar o outro ardentemente a cada instante?
Isso é paixão.

Querer o outro apenas para si?
Isso é posse.

Vasculhar a intimidade do outro à procura de uma aresta? 
Isso é invasão.

Encher o outro com presentes e adereços?
Isso é suborno.

Sufocar o outro com perguntas e cuidados?
Isto é ciúme.

Viver agarrado sorvendo o ar do outro?
Isso é carência.

Colocar o sexo em primeiro plano e esquecer as outras bases do relacionamento?
Isso é imaturidade

Entregar-se totalmente ao outro e esquecer do todo resto? 
Isso é loucura.

O amor é calmo, não faz cobranças descabida e gosta de ver o interior das pessoas.
Pode ter uma pitada de tudo, mas não abandona e não impõe; ajuda e ampara.
Quando ofendido, esquece; quando atacado, perdoa.
O amor jamais se coloca inacessível nem exige que o tratem com destaque ou honrarias.
Embora seja forte como uma montanha, sabe mostrar-se pequeno para ser aceito.
Por isso, examine o que chama de amor.
Pode ser que, no momento, ele seja apenas um disfarçado regime de escravidão.


(Luiz Gonzaga Pinheiro)

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terça-feira, 21 de abril de 2015

Meus piores algozes foram os meus melhores professores


Quando descobri que meus piores algozes foram os meus melhores professores, ficou muito mais fácil aprender a perdoar.

Aprendi a ser independente muito antes do tempo normal, graças a um pai muito severo. Na época, eu não entendia, mas, se não fosse por ele, eu não teria saído de casa tão cedo para aprender a trabalhar, o que me proporcionou uma especialização profissional precoce, uma condição de vida muito superior à que eu tinha na infância e, por que não, uma aposentadoria mais satisfatória.

Aprendi a me amar de verdade, quando me deparei com pessoas que fingiam sentir amor por mim, mas que, no fundo, somente sacaneavam-me com traições. Ai de mim se não tivesse aprendido eu mesma a cuidar de mim e me proteger como teria feito com um filho indefeso, até o ponto de nunca mais permitir que ser humano algum, viesse com suas atitudes trazer-me qualquer sofrimento.

Aprendi a confiar mais em mim ao deparar-me com pessoas que tentavam colocar-me para baixo quando, utilizando-se do abuso do poder, infligiam-me tratamentos rudes e humilhações.

Aprendi a gostar da minha própria companhia, conforme fui sofrendo o abandono de pessoas que eu amava.

E assim, por diante ...

Tudo foi uma questão de sobrevivência, o que torna minha vida, hoje, muito mais fácil e mais agradável de ser vivida. Certamente, eu não teria e não seria o que tenho e o que sou, se não fossem os meus algozes. Só por ter entendido essa verdade, o agradecimento substituiu o ódio, fazendo com que o perdão, sem muito esforço, se instalasse em meu coração.

Ninguém está em nosso vida por acaso; principalmente, aqueles que nos incomodam.


(Sueli Benko)

domingo, 12 de abril de 2015

Resistência ao julgamento


“Uma discussão irrompe entre membros de sua família ou amigos próximos. Você ouve um lado da história e fica horrorizado. Você está pronto para emitir julgamento e tomar partido. Resista. Desapegue-se de suas emoções. Ouça o outro lado. Resista ao seu comportamento julgador. Você descobrirá que há dois lados nessa história – de fato há sempre dois lados em toda história.”



(Yehuda Berg – Trecho do livro “O Poder da Kabbalah”)
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