domingo, 20 de setembro de 2015

O que mais me feria foi o que me libertou


Refletindo sobre tudo que passei nos últimos anos, vejo-me obrigada a admitir que os momentos de felicidade foram inúmeros, mas foram as dores que fizeram todo esse tempo vivido ter realmente valido a pena. Precisei delas para aprender a me livrar delas. Precisei delas para descobrir a força escondida dentro de mim e para conhecer melhor as pessoas que me rodeavam. Precisei delas, enfim, para entender o quão efêmeras elas são, quando temos conhecimento disso, e que sem elas, não teríamos o contraste entre sofrimento e prazer, portanto, a felicidade não teria importância; talvez, nem a notássemos.

Refletindo mais um pouco, percebo que a natureza da dor tem algo a ver comigo. Ela também gosta de um desafio e, quando chega, encara-nos de frente. Somente um olhar duro e não menos desafiante consegue detê-la. E somente a persistência nessa "encarada" pode conseguir afastá-la. É claro que não estou falando das dores físicas, que um simples remédio pode curar, mas falo da dor do ego, esse a quem tanto valorizamos e que tanto nos deixa sofrer. Encarar uma dor é colocar o ego de castigo, é educá-lo, é saber dominá-lo e não deixar que ele nos domine. E... as dores estão aí para isso.

Um brinde de reconhecimento às minhas dores que se foram e às que provavelmente aparecerão, para que eu nunca me esqueça de valorizar e sentir plenamente a minha felicidade, que, na verdade, é a minha eterna essência, pois ela é feita de amor e o amor é o que conduz minha alma!


Sueli Benko

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